25 de ago. de 2017

FAMOSO GIRISTA CARIOCA ACUSADO NA LAVA JATO

Marcelo Traça, criador de gir leiteiro
preso acusado de pagar propina a políticos
Marcelo Traça Gonçalves, dono da Agropecuária Alambari, grande investidor da raça gir leiteiro no auge da raça, proprietário, por exemplo da vaca Dengosa Mutum, um dos exemplares mais valorizados do gir leiteiro nacional, foi preso no Rio de Janeiro e é acusado de pagar milhões em propinas a políticos.

Traça é o presidente do Sindicato de Empresas de Transporte Rodoviário do Rio e foi preso acusado de pagar muito dinheiro de propina a políticos no Rio de Janeiro. Marcelo Traça durante muito tempo foi a figura mais desejada dos grandes leilões de Gir Leiteiro e seu nome era cantado e declamado nos leilões por que suas compras eram sempre milionárias.

Agora sabe-se que é, na verdade, um especialista em negócios ilícitos. Inclusive após ser preso foi solto graças a benevolência do Ministro Gilmar Mendes, do STF – Supremo Tribunal Federal.

O gir leiteiro no seu melhor momento de muita valorização e glamour atraiu todo tipo de gente, principalmente quem tinha grana fácil e usou a raça para lavar dinheiro, assim como outras raças também são alvo desse tipo de gente. Mas o gir está ficando especialista em atrair figuras que gostam do ilícito, ou melhor, do dinheiro público.

Aqui o girista sendo preso no Rio de Janeiro

Além de preso ainda ridicularizado

24 de ago. de 2017

EM BRASÍLIA, HOMEM QUE SURPREENDEU A ESPOSA TRANSANDO COM O AMANTE NO SOFÁ DA SALA DE TELEVISÃO, QUER VENDER O SOFÁ


Por ser leigo em economia, ocasionalmente eu digo e escrevo coisas que são descabidas. Me desculpo usando o meu inconformismo com a demagogia política como pretexto para justificar as críticas chatas que faço.
Ontem li notícias informando que:
- "as indústrias de leite longa vida do país estão trabalhando com margem NEGATIVA entre R$ 0,25 e R$ 0,50 por litro na comercialização do produto, conforme consulta realizada pela Associação Brasileira da Indústria de Leite Longa Vida (ABLV) com empresas associadas"; 

- "o mês de julho confirmou a expectativa de queda nos preços do leite pago ao produtor, que fechou a R$1,34 na média nacional. Esse movimento de baixa foi verificado em todos os Estados analisados com exceção da Bahia, em que os preços se mantiveram estáveis. Pela primeira vez no ano, os preços nominais ficaram abaixo dos valores pagos ao produtor no mesmo mês do ano anterior, que coincide com o início do pico de preços registrado em 2016... A queda de preços ao produtor está relacionada a BAIXA DEMANDA E DIFICULDADE DE REPASSE DE PREÇOS DOS PRODUTOS LÁCTEOS AO CONSUMIDOR. Os preços de julho de 2017 do leite UHT no varejo ficaram 22,68% menores que a um ano atrás ";

- "O mais longo ciclo de crise da produção láctea global dos últimos dez anos PODE ter chegado ao fim... No Brasil, a crise teve como consequência uma RETRAÇÃO de 3,7% da produção formal no ano de 2016 em relação a 2015, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A queda da produção nacional foi motivada pela crise interna e ALTO CUSTO DOS INSUMOS. Além disso, os preços competitivos do mercado externo estimularam a importação de lácteos. No ano passado, o País acabou IMPORTANDO 8% do seu consumo.

O mês de julho confirmou a expectativa de queda nos preços do leite pago ao produtor, que fechou a R$1,3 na média nacional"; 

- "Para Valter Galan, analista do MilkPoint, esse cenário não deve mudar rapidamente. 'A DEMANDA NÃO ESTÁ AVANÇANDO', afirma. Afora isso, há no momento, mais oferta de leite para processamento do que havia em igual momento de 2016. E a perspectiva é de que essa oferta continue a crescer com o avanço da safra de leite em Minas Gerais e Goiás.

Ele vê possibilidade de mudança, contudo, se os preços mais baixos do leite no varejo estimularem o consumo. Segundo dados da Fipe compilados pela MilkPoint, em julho passado o leite longa vida no varejo ficou em R$ 2,93 por litro, 28% abaixo dos R$ 4,09 de um ano antes, em valores deflacionados."

Também li, com ceticismo, que "Maggi quer retirar o leite do acordo do Mercosul para frear importações. Entrada no país de produtos lácteos provenientes dos países vizinhos tem afetado preços internos e causado prejuízo aos produtores brasileiros."

Que maravilha, foi anunciado o desejo de vender o sofá!
Agora eu pergunto: essa iniciativa resolve o problema? Óbvio ululante que não!

A minha ignorância sobre economia me faz crer que, a curto prazo, a crise enfrentada pela cadeia do leite só será debelada se a frenagem das importações estiver acompanhada do estímulo ao consumo. Sozinha a frenagem das importações não irá provocar os efeitos desejados. Isso só acontecerá se o governo reduzir a tributação dos produtos lácteos nacionais, objetivando a redução dos preços para estimular a demanda.

Nunca é demais lembrar que com a tônica de ampliar os estímulos à indústria, a exemplo do que foi feito com os automóveis, o governo Lula reduziu o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre os utensílios da linha branca: geladeiras, fogões e máquinas de lavar.

A medida fez parte da estratégia do governo para impedir que a economia brasileira registrasse retração e serviu como subterfúgio para fazer a propaganda da inclusão social.
O atual governo precisa praticar ação semelhante, só que desta vez os produtos que requerem a tributação minorada são o leite e os seus derivados.


14 de ago. de 2017

GIR NO SUL DO BRASIL

A Associação dos Criadores Gaúchos de Zebu (ACGZ) informa que recebeu a inscrição de 213 zebuínos para a expointer 2017, em Esteio (RS), de 26 de agosto a 3 de setembro de 2017. Segundo a entidade, a raça com o maior número de animais inscritos é a Gir Leiteiro, que contará com 100 exemplares que estarão alocados no pavilhão de bovinos de leite, trazidos por dez selecionadores gaúchos. As raças que apresentaram o maior crescimento foram a Gir Dupla Aptidão que terá 13 animais (Um animal em 2016). 

4 de ago. de 2017

DEZ MIL SEGUIDORES



Nesse momento difícil que passa a seleção de Gir no Brasil, com o declínio da comercialização, em que a raça se encontra sem rumo; com poucos eventos de comercialização; apatia dos criadores e desarmonia das suas entidades, a FanPage de Girbrasil no Facebook atinge a incrível marca de 10 mil seguidores, numa demonstração de que a raça tem amantes e interessados. Será que isso não é um dos inúmeros motivos para se pensar em reerguer a raça no país?


FAZENDAS DO BASA

A imagem pode conter: texto
Evandro Guimarães, proprietário das Fazendas do Basa, em Minas Gerais, promoverá no próximo dia 21 de agosto mais um leilão virtual de Gir Leiteiro. 

Leilões de Gir Leiteiro estão cada dia mais raros. Antes era um por semana, agora são poucos na temporada.

Mas esse leilão é importante para caracterizar a resistência do criador nacional, no caso do Evandro, em momentos de muita dificuldade, persistir com a seleção e manter a raça de pé.

O Gir Leiteiro e o Gir de um modo Geral estão em dificuldades de liquidez não por que estamos numa crise financeira e política, mas por que a raça entrou em declínio há algum tempo. Não só a raça, mas até sua organização. Atualmente a raça não tem em funcionamento uma entidade nacional e nem mesmo as regionais em funcionamento. A luta política instalada em Brasília contaminou os giristas e eles também não andam se entendendo.

Parabéns ao Evandro Guimarães e à sua organização pela resistência, pela persistência em acreditar na raça e dizer que o "Gir Leiteiro é o Tesouro Brasileiro". As fazendas do Basa possui o que tem de melhor da raça em seu plantel, fruto do trabalho, caro inclusive, de selecionar os descendentes das melhores vacas de todo o país nesses últimos anos. Não tem como errar.

LEITE ORGÂNICO

Wanderly da Costa Pereira
Wanderly da Costa Pereira

29 de Junho de 2017

De olho no enorme potencial do mercado brasileiro, Nestlé começa a capacitar produtores para produzirem leite orgânico.


Qualidade virou moda e o pecuarista Evandro Evandro Guimaraes, Fazendas do Basa, ganha mais um estímulo para continuar a desenvolver o projeto de parcerias na criação do 'Girolando Meio Sangue Plus'. 

Após o Queijo Artesanal ter conquistando tanto o mercado nacional, quanto o mercado europeu, e das demandas por leite cru e por leite Beta Caseína A2A2 estarem crescendo, agora é o consumo do leite orgânico que entrará em evidência.

A zootecnista Raquel Maria Cury Rodrigues noticiou no portal MilkPoint que "no início desta semana, a Nestlé promoveu um encontro para apresentar e divulgar a sua inserção no mercado lácteo orgânico do país em 2018. Segundo o Ministério do Meio Ambiente, o mercado de produtos orgânicos, desde 2009, cresce em média 25% ao ano. Os números apontam um mercado atualmente em torno de R$ 2 bilhões anuais, apesar de ser um setor pouco auditado. Desse montante, 80% do mercado é concentrado nos produtos in natura, especialmente hortaliças. Nos mercados mais desenvolvidos, como EUA e Europa, a evolução do setor leva a uma participação maior dos produtos processados.

Nesse segmento, o leite orgânico e seus derivados também ganham espaço, mas a demanda no país é maior do que a disponibilidade. Nos Estados Unidos (EUA), os lácteos representam 16% de todo o mercado de orgânicos e na Europa, 30%, enquanto no Brasil esse mercado é incipiente.

Buscando desenvolver a produção de leite orgânico, a Nestlé fez uma parceria pública privada e contará com o auxílio da Embrapa Pecuária Sudeste, Fundação Mokiti Okada e IBD Certificadora.

Para o leite ser orgânico ele deve atender todas as exigências descritas na instrução normativa 46, tais quais:
- o pasto deve ser manejado sem a utilização de nenhum tipo de adubo químico ou agrotóxicos; a alimentação dos animais deve ser feita em sua maioria por alimentos orgânicos com a possibilidade de complementação com alimentos não OGM; o tratamento dos animais deve ser feito com o uso de homeopatia e fitoterápicos, salvo exceções onde antibióticos e tratamentos alopáticos são necessários para evitar sofrimento do animal; não são permitidos sistemas de confinamento; a fazenda deve passar por auditorias no mínimo anualmente."

Durante o encontro, "Alexandre Harkaly, diretor executivo do IBD, comentou que a certificadora está contribuindo para apoiar no entendimento dos processos. Ele relatou que hoje são poucas fazendas leiteiras orgânicas certificadas no Brasil. “No meu ponto de vista, esses produtores são heróis, já que precisaram ser autodidatas para desenvolverem seus negócios. 

Em função de a Nestlé estar entrando no ramo, o número de produtores vai crescer”, explicou. Harkaly expôs ao público um comparativo entre os tipos de certificação existentes no varejo:
a) Não orgânicos, mas com apelo natural e alguns ingredientes orgânicos;
b) Sustentável;
c) Orgânicos; d) Biodinâmico.

“Os consumidores ainda confundem essas certificações. O importante é esclarecer que há um mercado demandante crescente e a estruturação da cadeia será impulsionada por essa tendência, aumentando a disponibilidade dos produtos. No Brasil, o crescimento desse segmento é muito expressivo”, confirma. Ele acredita que as pessoas estão tendo acesso à informação e sabem o que contribui ou não com a saúde."

Leite orgânico é uma tendência de mercado que veio para ficar e encontra respaldo nos conceitos preconizados pelo pesquisador Ivan Ledić. O novo movimento irá rechear as pautas da agenda do presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Leite, Geraldo Borges.

Para ajudar os leiteristas a suprirem a demanda do mercado, o líder da ABRALEITE precisará desenvolver habilidades semelhantes as do Garrincha e driblar qualquer entrave que possa ser criado pela crise política

(Foto: Gustavo de Vicenzo Valone
Fazenda Malunga, Leite Orgânico, Brasília/DF)